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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

...


Longe do asfalto velho... E dos sons altos das buzinas.
Longe da fumaça... E da população exagerada.
Longe de quase tudo.

Só eu e você
Numa casinha de praia...
Ouvindo o som das ondas
Sentindo o carinho que a brisa faz...

Contando e recontando estrelas...
Só eu e você

Longe do júri
Longe do papel de réu
Longe de tudo, ou de quase tudo...

Numa casinha onde o mar seria o nosso amigo
E nós pertenceríamos um ao outro.
Assim como a poesia pertence ao poeta e vise versa.

Só eu e você.

Carlos Santos'

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nego


Nego

Aquilo que chamo de meu
Aquilo que tento suster
Mantendo em meus braços
Mantendo meu eu em você

Cabelos negros com brilho de lua
Olhos negros sem muito luar
Nego te perder
Nego te esquecer
Nego não poder te amar

Aquele que se une a mim
Aquele sentimento vil
Que me fez outrora suspirar
Que me fez aceitar o desafio

Desafio de amar
Desafio de sofrer
De sorrir, de chorar...
Desafio de viver.

Nego não te chamar de...
Algo que me pertença
Nego não poder te ter...
Em algum lugar perto de mim...

Aquilo que chamo de meu
Nego que não esteja aqui.

Carlos Santos